UF Apúlia e Fão, UF Fonte Boa e Rio Tinto e Gemeses, ainda sem acordo para constituir executivo e mesa da Assembleia
Já com todas as tomadas de posse efetuadas, há ainda três freguesias do concelho de Esposende sem acordo de governação.
Após o ato eleitoral do passado da 26 de setembro, a lista mais votada em qualquer uma destas três Assembleias de Freguesia, não conseguiu alcançar a maioria dos eleitos, por forma a governar tranquilamente. Este cenário obrigou então, a que houvesse negociações com vista à convergência de ideias e à construção de acordos de governabilidade.
Tomada de Posse dos membros da Assembleia de Freguesia da Junta da UF de Apúlia e Fão
UF APÚLIA E FÃO
Em Apúlia e Fão, o PSD venceu as eleições, conseguido 6 eleitos, contra 5 da lista independente e 2 do Partido Socialista. Após duas assembleias já realizadas, o executivo proposto por Valdemar Faria foi chumbado, com 6 votos a favor e 7 contra. Houve depois a normal troca de comunicados, com vitimização de um lado e acusação do “quero, posso e mando” do outro, mas o certo é que a democracia é isto mesmo e sem acordo entre o PSD e uma das outras bancadas (basta PS ou independentes), não haverá executivo. De realçar ainda a enorme afluência por parte da população às duas sessões já realizadas, onde, em ambas, os recintos foram exíguos para tanta gente.
GEMESES
Em Gemeses, Eduardo Maia, o agora independente com o apoio do PSD, conseguiu 4 eleitos, contra 3 do CDS/PP e 2 do PS. Após duas tentativas de eleger o executivo, a situação é idêntica à de Apúlia e Fão, com o executivo proposto a ser chumbado com 5 votos contra, contra os 4 votos a favor. Haverá nova tentativa no próximo dia 1 de novembro.
UF FONTE BOA E RIO TINTO
Fonte Boa e Rio Tinto, mais do mesmo. Com 4 eleitos do PSD de Carlos Escrivães, 3 do CDS/PP e 2 do PS, as reuniões de 10 e de 16 de outubro chumbaram o executivo proposto. Fonte próxima de todo processo, disse ao N Semanário que não houve nem haverá acordo porque Carlos Escrivães “pensa que ganhou com maioria e não quer ceder em nada, nem abrir conversações para um possível entendimento”. A mesma fonte afirma que o PSD quer novas eleições apenas daqui a 6 meses porque “uma vez que a junta sem executivo não pode fazer novas obras, apenas acabar as que estão já em andamento, poder vir a Câmara Municipal fazer algumas, dar nas vistas e assim depois tentar ganhar com maioria”.
A mesma fonte afirmou ainda a este semanário que, por isso mesmo, CDS e PS estão “muito perto de se demitirem em bloco para provocar eleições antecipadas rapidamente, para acabar com o impasse”, o que pela Lei 18/99, terá de ser num período entre 40 e 60 dias.
Nos três casos, a lei diz que o partido mais votado tem 6 meses para ver aprovado um executivo e que após esse período, sem que tal aconteça, deverá existir a realização de eleições. A exceção será a já mencionada demissão em bloco da oposição.
Resta agora esperar pelos próximos episódios, para perceber o que realmente vai acontecer. Certeza apenas a de que não será fácil a resolução do conflito.