O Grupo Parlamentar do PAN e do Bloco de Esquerda questionaram o Governo sobre o estado de conservação da Ponte D. Luis Filipe, em Esposende, e querem que o Ministério das Infraestruturas e Habitação divulgue o resultados das inspeções recentes feitas à ponte e indique data prevista para início das obras de conservação e reparação.
No documento entregue na Assembleia da República, os deputados do Bloco eleitos por Braga, José Maria Cardoso e Alexandra Vieira, afirmam que “a referida ponte tem vindo a ser alvo de várias denúncias por motivos de degradação acentuada da estrutura e que podem colocar em causa a segurança das pessoas que utilizam a via pedonal que liga Esposende a Fão”.
Também as informações recebidas pelo PAN Pessoas-Animais-Natureza mostram o estado desgastado desta ponte e as graves deficiências ao nível da manutenção, revelando a dimensão do problema ali existente, com vários pontos na passagem pedonal que apresentam fissuras e buracos com abertura para o rio.
Estas iniciativas surgem na sequência do pedido de fecho da passagem pedonal feito pela Associação Cidadãos de Esposende.
Também o Bloco de Esquerda ‘‘considera que é necessário que o estado da ponte seja avaliado pelas Infraestruturas de Portugal, de forma a avaliar as condições de segurança para as pessoas que continuam a usar a ponte e identificar as intervenções necessárias para a salvaguarda daquela infraestrutura”, afirmam os deputados no documento e salientam que “as intervenções que se revelarem necessárias devem ser desencadeadas com carácter de urgência de forma a proteger as pessoas e o património”.
“Atendendo ao número elevado de pessoas e veículos que, diariamente, circulam na ponte e a perigosidade do atual estado de conservação, torna-se imperioso que a referida ponte seja alvo, o mais rapidamente possível, de uma intervenção, garantindo assim a segurança de todos”, defende Bebiana Cunha, deputada do PAN à Assembleia da República.
A Ponte D. Luís Filipe, na freguesia de Fão, concelho de Esposende, é uma infraestrutura com 268 metros, construída em treliça de ferro fundido. A via inaugurada em agosto de 1892 faz parte da Estrada Nacional 13 e atravessa o Rio Cávado. Foi classificada como Imóvel de Interesse Público através do Decreto do Governo n.º 1/86, de 3 de Janeiro, por ser um exemplar da arquitetura do ferro único no concelho.